Hoje sinto necessidade de falar sobre esta relação- a de mãe e filha. Para além de ser filha, também sou mãe e como é bom! Foi como que um copo que tava a meio e se encheu.
Desde pequena que sempre fui muito dependente da minha mãe, já o meu pai, foi sempre um pouco ausente, enfim, era daqueles que só vivíam para o trabalho, como tantos outros. Mesmo até estes anos de casada sem filhos, andava sempre com ela, o que fez com que (e hoje percebo isso) não separasse o meu eu do dela; era como se o cordão umbilical ainda estivesse agarrado.
Assim, quando a minha filha nasceu, tudo mudou e uma série de sentimentos e dúvidas se apoderaram de mim, tive então que descobrir a minha identidade, quem era eu, porque até aqui nunca me tinha questionado. Agora os papéis invertíam-se, mais do que filha, era mais importante ser mãe, pois tinha um ser dependente de mim; já a minha mãe, também teve que aprender a ser Avó. E também, não foi fácil para ela. Teve que haver mudanças, renúncias, regras e respeito.Mas a relação que tinha com a minha mãe , já não é a mesma, houve uma distância física e de afectos. Ela teve outra educação, os tempos eram outros e as crenças também são diferentes.Hoje vejo a vida de maneira diferente da dela., e então nem sempre nos entendemos. Mas acredito, que o que é hoje pode não ser amanhã.E as pessoas podem sempre mudar as suas atitudes.E mesmo ás vezes não sendo fácil, há que amar e aceitar as pessoas como são.
Sem comentários:
Enviar um comentário